Artigo de opinião de Henrique Raposo
Ontem vi uma reportagem da SIC sobre refugiados sírios acolhidos em Penela (Coimbra), e não foi preciso ligar o som para ficar incomodado: uma menina, rapariga ou mulher estava completamente coberta por uma burka negra que só lhe destapava o branco dos olhos. Não dava para ver se era menina, rapariga ou mulher, mas era claro que estava ali uma pessoa humilhada por uma peça de vestuário que a coloca numa condição de abjeta inferioridade.
Ontem vi uma reportagem da SIC sobre refugiados sírios acolhidos em Penela (Coimbra), e não foi preciso ligar o som para ficar incomodado: uma menina, rapariga ou mulher estava completamente coberta por uma burka negra que só lhe destapava o branco dos olhos. Não dava para ver se era menina, rapariga ou mulher, mas era claro que estava ali uma pessoa humilhada por uma peça de vestuário que a coloca numa condição de abjeta inferioridade.
Aquela burka
representa algo que nós não podemos aceitar na nossa terra: aquela mulher não é
considerada pelo marido ou pai como uma cidadã (a face pública), é apenas
mulher ou filha (a face privada). Lamento, mas isto é inaceitável. Sim, há que
acolher. Sim, há que mostrar misericórdia, mas há um momento em que a misericórdia
passa a ser cobardia perante o relativismo que diz “ah, isso é a cultura
deles”. Seja ou não a sua cultura, uma mulher não pode andar tapada da cabeça
aos pés no meu país.
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professora Ana Paula Coelho
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